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quarta-feira, 18 de março de 2009
Lavam como chuva na calçada
Hoje em uma noite sem luar
Lágrimas desceram pelo meu rosto
Lágrimas já secas devido à chuva
Lágrimas vazias devido ao tempo
Que correm como se fossem venenos
Caem pela face como se fosse um vento
Delicada e suave
Machuca tudo por dentro
Destrói o individuo
Torna o presente um tanto ausente
Alivia o corpo e a alma
E lava as feridas que à muito foram cravadas
E nesse meio em que me torno vazia
Penso naquele rosto, sorridente
E essa lágrima muda seu gosto
Tornando-se doce
Me deixando contente
São lágrimas de chuva que não caem por muito tempo
Que vem pra refrescar o corpo e também pra esvaziar a mente
Um sonífero, um calmante.
Pra acalmar um coração pulsante
De uma jovem que luta pra recuperar um antigo amante.
Nara Ferreira 27 de Setembro de 2008
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