No sussurro cálido de um coração infantil,
Desvairada maneira de se confessar,
No anoitecer contínuo do meu ser,
A solidão profunda de um novo luar.
Se no tormento dos lençóis agonizantes,
Sufoca a lembrança de um antigo prazer,
Salgadas são as lágrimas do meu pranto,
Nesse sonho vazio, do silencioso sofrer.
E quando não restam forças,
As feridas marcadas começam a apodrecer,
Queimando meus risos e cartas,
Apagando os resquícios do meu amanhecer.
Nara Ferreira
07 de Novembro de 2009