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terça-feira, 9 de junho de 2009

Me deixe só!


Respeite a solidão alheia,
Não ria de quem está só,
Nem tampouco tente puxar conversa,
Não atrapalhe, me deixe curtir esse momento de calmaria.

Respeite,
Quando eu estiver sozinha,
Fitando o mar,
Perdido em meu ninho,
Em noites de luar.

Respeite ,
Quando eu me isolar,
E se eu passar por você e não falar,
Respeite minhas mudez,
Ela faz parte da minha vida,
Assim como as caminhadas sozinhas,
Em que faço sempre ao amanhecer.

Respeite minha solidão,
Não venha querer roubar meu coração,
Nem com promessas de amor e paixão.

Respeite minha solidão,
Neste momento de oração em que medito,
Por favor respeite a minha solidão,
Calada e sempre Poetisa.


Nara Ferreira
09 de Junho de 2009

Dança da chuva


Chove!
Como é bom chover!
Gotas que molham meu rosto,,
E me fazem sorrir sem querer.

oH Deusa da chuva,
Que eleva minha alma,
Com seu parecer.

Se liberte nesse dia ensolarado,
E me faça feliz,
Lavando meu corpo inerte de prazer.

Jorra nas calçadas,
A sua pureza limpida,
E trema com seu esplendor de majestade.

Chega fazendo um estadalhaço,
Forte, onipotente, faz todo mundo correr,
Molhas as roupas secas na corda.
E meu coração chora,
Contente em poder te ver.


Nara Ferreira
09 de Junho de 2009

Silêncio!


Silêncio...!!!

Ele nasce em silêncio.
Ele grita em silêncio.
Ele implora em silêncio.
Ele manda em silêncio.

Ele fala em silêncio.
Ele assiste em silêncio.
Ele escuta em silêncio.
Ele ama em silêncio.
Ele sofre em silêncio.

Ele passeia em silêncio.
Ele chora em silêncio.
Ele comemora em silêncio.
Ele se alegra em silêncio.

Ele aceita tudo em silêncio.
Ele percorre a vida em silêncio.
Ele então morre em silêncio.
Ele é enterrado em silêncio.

E no velório...
Silêncio... Tenha respeito! obrigado!


Nara Ferreira
09 de Junho de 2009

Marionete


Meu mestre manda,
Eu faço.

Meu mestre canta,
Eu danço bem rápido.

Meu mestre cansa,
Eu permaneço em pé no palco.

Meu mestre não acorda,
Eu choro, sem vida, dentro do armário.

Meu mestre adoece,
Eu cuido da sua casa.

Meu mestre me esquece,
Eu fico abandonada na sala.

Meu mestre sai pra encontros,
Eu penso: Faço sempre as escolhas erradas.

Meu mestre me fere,
Eu abaixo a cabeça e me calo.

Meu mestre...
Há que saudades do mestre. [choro]

Meu mestre me joga no lixo,
E eu percebo que sou apenas uma marionete,
Sem importãncia e que me torno inutil ao mestre,
Por estar em várias partes quebrada...[coração partido em vários pedaços]


Nara Ferreira
09 de junho de 2009