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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Progresso

As lágrimas secaram,
No meu rosto cálido,
Vislumbres de um sorriso a nascer,
Tornando sensata a loucura em minha mente,
Envelhecendo as palavras do meu ser.

Torne-me madura a cada mordida em meu intimo,
E se me calo ou sussurro palavras,
È pra gritar a saudade de proezar.

Não sinto em mim a mudança ,
Que meu coração insiste em permanecer,
Mas meus olhos refletem o progresso ,
No novo caminho do meu viver.


Nara Ferreira
17 de Novembro de 2009

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Tormento

No sussurro cálido de um coração infantil,
Desvairada maneira de se confessar,
No anoitecer contínuo do meu ser,
A solidão profunda de um novo luar.

Se no tormento dos lençóis agonizantes,
Sufoca a lembrança de um antigo prazer,
Salgadas são as lágrimas do meu pranto,
Nesse sonho vazio, do silencioso sofrer.

E quando não restam forças,
As feridas marcadas começam a apodrecer,
Queimando meus risos e cartas,
Apagando os resquícios do meu amanhecer.

Nara Ferreira
07 de Novembro de 2009

domingo, 4 de outubro de 2009

Despedida Do Amor


No dia em que você entrou na minha vida,
Não consegui tirar esse sentimento de mim.
Você acabou com meus sonhos, minha esperança divina,
Com meu amanhecer.
E o que sobrou em mim se não as folhas secas no jardim.


O silêncio que ainda paira sobre a cama,
Nas noites agoniantes em que busco uma companhia por prazer.
O que me resta se não te esquecer,
Já que no fim o que machuca não é a ausência e sim as lembranças.
De todos os momentos. dos sonhos, dos pensamentos.


Não quero que na ausência de meus beijos, 
Seja acobertado por estranhos sabor,
Quero que permaneça com meu cheiro.
No nosso antigo ninho de amor.


Adeus.



Nara Ferreira 
03 de Outubro de 2009

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Consumida pela tristeza


A tristeza me consome,
Como chamas salpicadas,
Se de longe descubro um sorriso,
Que me transforma a face molhada.

No anoitecer presa nessa jaula,
Tenho em mim um coração que dispara,
Treme meus sentidos,
Cobre de sangue a minha face pálida.

Nara Ferreira
18 de Setembro de 2008

Homem Mudo


Sou um homem taciturno,
Estou perdendo as palavras,
Sem conversas, sem risos, sem nada,
Pedidos mudos de uma alma calada.

No desvario profundo de meu ser,
Me perco no mundo, sem mais nascer,
Deixando cair as flores negras
Do frio e nebuloso anoitecer.

Nara Ferreira
18 de Setembro de 2009

Súplica de um ser apaixonado


Não sei mais o que fazer,
Pra você gostar de mim.
O que eu tenho que dizer,
Pra você ficar aqui?

Me deseje,
Não me deixe,
Eu só quero ter você.

Me namore,
Aproveite,
Enquanto ainda estou aqui.

Não me renegue,
Esse é meu desejo,
Pra que mantenha tudo em mim.

Um sorriso,
Nada mais que isso,
Eu te peço,
Pra sobreviver no inferno do meu fim.

Nara Ferreira
9 de Setembro de 2009

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Sufoco


Não querer é simples e direto,
Viajantes das nuvens do solo,
Não penumbra, no anoitecer na sala imunda,
Rostos inertes se desfazem sobre a pele confulsa.

Se no amanhecer não aparecer sol,
Desespero carrega os gritos de prazer,
Soprando um vislumbre do culpado lençol,
Que sufoca as dores do senhor amanhecer.

Saidos de bocas imundas,
Exalando excrementos por sobre as cobertas do ser.


Nara Ferreira
03 de Setembro de 2009

Cicatriz


Coberta pelo fino tecido da vida,
Não mais sangrando,
Um corte limpo,
Dores persistem,
Coração ainda doente.

Feridas limpas com toque de amor,
Cicatrizes que ficam,
Transformam a dor em sabor,
Restam apenas marcas na pele,
De um coração puro e sofredor.


Nara Ferreira
03 de Setembro de 2009

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Adeus!


Nada tenho a dizer
Talvez apenas adeus seja suficiente,
Não sei em quanto tempo voltareis
Mas vou ficar um tempo ausente.

Aqueles que me amam e se importam comigo,
Eu agradecerei eternamente,
Pelo carinho,
Pela dedicação,
Pela presença,

Aqueles que me odeiam,
Nada tenho a dizer,
Não merecem nenhum segundo do meu tempo.

Aqueles a quem eu amo,
Eu só posso dizer,
Que por vocês eu luto,
Por vocês eu cresço,
Por vocês eu permaneço presente,

E para todos que um dia me conheceram,
Ou apenas ouviram falar de mim...
Ou nunca chegaram a me conhecer.
Eu só digo sinto muito
Vocês nunca conhecerão Nara Ferreira
Pois neste momento ela não existe mais.

Adeus a todos... Sejam felizes sempre...

De Uma poetisa de coração ferido Nara Ferreira...

Em 27 de Agosto de 2009

Imortal


Não prescisamos de solução final,
Apenas de um soluço qualquer,
Sem vida, sem amigos, sem mulher,
Pra que viver se não tem o que quer?

Dias intermináveis se arrastam,
Ver pessoas indo, sofrendo, partindo,
Sem poder ajudar, sendo egoísta,
Sobrevivendo apenas uno,
Sempre, sempre sozinho.

Pra que a liberdade,
Da eterna vida,
Quando de um sopro divino,
A vida se desfaz,
Sem devolver o sentido.

De que vale viver para sempre.
Quando tudo que nós tememos,
Permanecerá vivo em nossas mentes.

Nara Ferreira
30 de Agosto de 2009

Não há cura...


Quando você me deixou,
Eu não deixei cair uma lágrima,
Eu não senti dor,
Foi mais conveniente pra nós dois.

Sem despedidas,
Sorrisos ou promessas de uma nova vida,
Você simplesmente se foi e não olhou para trás,
Eu fiquei paralisada no lugar,
Sem nem agir ou pensar.

Deixei apenas a dor chegar...

Quando minha consciência voltou,
Restou apenas uma marca de tudo que passou,
É apenas uma ferida,
Que não cura,
É uma ferida de amor...


Nara Ferreira
31 de Agosto de 2009

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Sem Explicação



O amor não tem explicação,
A gente apenas sente,
E tudo muda de uma hora pra outra,
O mundo se torna diferente,
As horas intermináveis,
A quentura queima as feridas,
As dores causam dano à face.

A vida não tem explicação,
Nós apenas vivemos,
Não perguntamos à razão,
Às vezes brinca com a gente,
Trás coisas boas e outras sem coração,
Brinca com nosso destino,
Não pede permissão.

A amizade não tem explicação,
Ela começa com um aperto de mão,
É surpreendentemente inesquecível,
Torna-nos dependentes,
Felizes, unidos e às vezes perdidos,
E se esvai um dia,
Quebra as promessas,
Desfaz os laços unidos.

A paixão não tem explicação,
Quentura, alarde no coração,
Pernas tremendo, mãos frias,
Batimentos descompassados,
Às vezes se torna impossível,
Começa fazendo estardalhaço.
Pessoas sofrem no caminho,
Algumas se dão bem e se casam.

A dor não tem explicação
Mas a gente sente
E como sente...
È tão profunda e ardente
Não nos deixa esquecer nenhum momento,
Lembra-nos dos ferimentos,
Agarra-nos em um mundo de sofrimento...

Nara Ferreira
Terminei em 25 de Agosto de 2009

No escuro


A luz apagou,
Tudo que eu queria era amor,
Segurando uma vela ardendo em chamas de paixão,
Sigo na escuridão,
Sem perceber ou pensar,
Deixando meus pés me guiar,

Buscando um novo companheiro,
Que possa me livrar ,
Da dor da perda, do pesar,
Que me abrace, me aqueça, me faça flutuar,
Que me deseje, e não me esqueça,
Diga que me ama e não desapareça,
Que fique comigo até o medo passar.

E a vela se apaga,
Me deixa no escuro,
Sem rumo,
Não me deixa enxergar,
E eu nesse escuro,
Me ponho a pensar,
Na face esquecida,
No meu amor perdido,
Me desato a chorar.

A luz não volta,
A Solidão me afoga,
E no escuro do quarto,
Eu começo a rezar.

Nara Ferreira
Terminei em 25 de Agosto de 2009

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Salve! Salve!


Salve essa pátria salvejada,
Salve a semente que não foi plantada,
Salve o silêncio de noites caladas,
Salve o gorjear dos pássaros,

Salve as noites sombrias avelejadas,
Salve as crianças sonhadoras que dormem na calçada,
Salve o dia mais escuro que se põe na estrada,
Salve quem não pode ser salvado,
Salve as pessoas erradas.

Nara Ferreira
23 de Agosto de 2009

Mecânico


O homem jorra suas palavras,
Se não acalenta, não reanima a alma,
Canta palavras vazias que no íntimo se tornam amargas,
Refresca o organismo intacto,os pés molhados,
Canções de um esquecido enamorado

Se no encanto murmurado ao vento,
A ferida se expõe seu contentamento
Conversas não me secam as lágrimas refeitas
Nebulando o tempo dos meus versos ao relento.

Nara Ferreira
13 de Agosto de 2009

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Chegou a Hora!


Não volte mais pra mim,
Eu não presciso de você aqui,
Vá aonde quiser ir,
E me deixe chorar nesse momento ruim.

Siga seu caminho,
Não se importe mais comigo,
Seja feliz e grite,
Viva seus amores perdidos.

Vá embora,
Me deixe chamar sem resposta,
Não espere que eu lute por fim,
Pois na vida se perde e ganha é o fim...

Meu coração lamenta sua partida,
Minha alma deslacera sem saida,
Eu busco um refúgio, um abrigo,
E você com seus amigos apenas zomba de mim.

Não busques saber onde estou,
Não venha com promessas falsas de amor,
Eu não presciso de sua ajuda nem companhia,
Por mais que eu esteja completamente perdida.

Vê se não me sufoca,
Sai pra lá, você já ganhou sua aposta,
Namoros, transas, o que importa?
Se você já deixou o terror entrar pela porta.

Eu eu me pergunto, e agora?
Não restam alternativas, eu só vejo uma resposta,
No silêncio da noite que me sufoca...
A solução é uma nova paixão que me adora!

Nara Ferreira
05 de Agosto de 2009

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Você acha mesmo?


Você acha que está tudo certo?
Na verdade não compreende,
Enquanto meu sorriso murcha,
SUa voz me envolve loucamente.

VocÊ acha que eu vou te esquecer?
Nem mesmo com mil anos sem anoitecer,
Nem se as flores caissem,
E se nas manhãs de frio parasse de chover.

Você acha que eu estou perdida?
Mesmo sabendo que o labirinto não tem saida,
Eu me arrasto segura nas paredes,
Escalo, mesmo com as mãos feridas.

Você acha que eu não vou chorar?
Se até mesmo minha alma se põs a lamentar,
Meus olhos se tornam pesados,
Meu lenço não seca de pesar.

Você acha que eu viverei por muito tempo?
Então porque não olha pra onde estou neste momento,
E deixe sua lembrança vagar constatemente,
Flores brancas são postas sobre meu corpo em um caixão eternamente.


Nara Ferreira
30 de Julho de 2009

Também tem...


Aqui também tem poesia,
Nessa casa, sentada na cozinha,
Nesse momento de alegria.

Aqui também tem poesia,
Com lembranças sortidas,
Amores, amizades, encontros escondidos.

Aqui também tem poesia,
Na sala, no quarto, atrás da cortina,
Tem poesia na cama,
Nos momentos de extrema nostalgia.

Aqui também tem poesia,
Aqui também tem alegria,
Aqui também tem harmonia,
Aqui é um tesouro de inspirações perdidas.


Nara Ferreira
21 de Julho de 2009

Estranhas saudades...


Sinto saudade do nada,
E o nada insiste em me fazer lembrar,
Do desconhecido, de lugar nenhum, do silenciar.

Sinto saudades de um momento, um lugar
Que nunca chego a existir,
Mas trazem lembranças de um lar.

Sinto saudades do vazio
Nas noites de frio,,
Repletas de cores, barulhos e rios,
Multidões de pesadelos que não me deixam repousar.

Sinto saudades da vida,
Que não é minha, nem é escolhida,
Mas de algum forma, me satisfaz, traz calmaria.


Nara Ferreira
21 de Julho de 2009

A dor do amor!


È a dor que não me deixa te esquecer,
Dor que não passa, surge do nada,
Permanece comigo.
De manhã ao anoitecer.

Dolorida, mordida, ferida,
Que me assombra em noites mal dormidas,
Deixa marcas, sentimentos errados,
Dor que remédio nenhum acalma.

Algum dia a dor passa,
A pele renova, não deixa cicatrizes na carne,
E o sentimento que da dor surgiu,
Só me faz pensar em você, nas manhãs de frio.

Nara Ferreira
21 de Julho de 2009

Aurora...


Aurora,
Me adora,
Não chora,

Aurora,
Chegou a hora,
Volta pra mim agora,

Aurora,
Permanece em silêncio infantil,
Me ignora.

Aurora,
Com suas misturas de cores brilhantes,
E seu perfume de orvalho contagiante,
Não demora.

Aurora,
Não me deixe só,
Enquanto a brisa namora.

Aurora,
Que outrohora apareceu no céu,
Me faz desejar beijos sabor de mel.

Aurora,
Não brigues comigo,
Eu me ajoelho aos seus pés e imploro.

AURORA!
VOLTA PRA PERTO DE MIM!
AURORA...

Nara Ferreira
21 de Julho de 2009

quarta-feira, 1 de julho de 2009

A Vela e a Velha


A Vela da Velha,
A Velha da Vela,
A Velha Vela a Velha
A Vela Velha de Velar.

A Vela Velha,
A Velha Vela,
A Vela e a Velha velam,
A Velha e a Vela Velham.

A Vela Velando a Velha,
A Vela Velhando,
Sem mais Vela Velhar.

Nara Ferreira
01 de Julho de 2009

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Unificação das Almas


Eu, apenas Um,
Ele, um outro qualquer,
Sem nada em comum,
Mas unidos na mesma fé.

Dois individuos,
Distantes amigos,
Percorrendo o infinito unidos.

Almas se entrelaçam,
Unificando a carne,
Mente, coração repartido,
Provocando sentimentos inesquecíveis.

No fim se separam,
Sem despedida ou saudades,
Deixando um barco vazio,
Na beira do rio, ao amanhecer.


Nara Ferreira
24 de Junho de 2009

sábado, 20 de junho de 2009

Um pouco distante


Me sinto distante,
Meu corpo permanece intacto,
Mas minha mente vaga no espaço,
Minha respiração pulsa descontrolada.

Não me sinto viva, nem presente,
Enquanto a boca fala,
Os pés vagam sem destino,
O silêncio em minha mente insana permeia entre o desconhecido.

O que sou?
Um rosto bonito adorado?
Um menina vivendo um sonho dourado?
Sou eu e apenas isso,
Sem delongas ou aviso.
Sem sentimentos,
Coração mentindo,
Esse novo ser por trás de minha máscara surgindo.

E eu permaneço no vácuo,
Fitando o nada,
Falas constantes,
Coração frio e pulsante,
Um novo modo de viver a vida
Neste meu momento viajante.


Nara Ferreira
19 de Junho de 2009

domingo, 14 de junho de 2009

História de uma canção


Entrei no bar,
Sentei em uma mesa nos fundos,
Chamei o barman,
Pedi uma bebida quente.

Ouvi uma música conhecida,
Olhei para o palco assustada,
Era você tocando em minhas feridas,
Com suas canções, minhas poesias roubadas.

Você me encarou,
Olhou dentro dos meus olhos,
Parou de tocar imediatamente,
Covarde e ainda se faz de inocente.

Fechou os olhos,
Abaixou a cabeça como se orasse,
Será que não lembra de mim,
ou talvez arrependimento guardado?

Então começa a dedilhar umas notas,
Uma melodia nova,
Eu me desfaço em lágrimas,
Quase prevendo algo.

Pega o microfone,
E com palavras vazias,
Oferece a um antigo tesouro,
Todos aplaudem,
Eu fito o nada, os olhos marejados.

A canção foi escrita por ele mesmo,
Pelo menos essa, eu acho,
E conta a história de um casal apaixonado,
Que se separaram, cada um com seu machucado,
Ela achando que havia sido enganada,
Ele, por ama-la profundamente, temia ser usado.

Dois corações perdidos,
Um desencontro predestinado,
O casal fadado ao fracasso,
Por temer a felicidade.

Já completamente derrotada,
Saio do bar, vou caminhando pra casa,
Ele pega em minhas mãos e me abraça,
Fala em meus ouvidos algo:
Você quer me ajudar a fazer uma canção,
Para unir o casal de apaixonados?

O quanto eu o amava,
E meu coração pulsando de paixão,
Sem temer o desconhecido,
Aceita participar desse "filme",
Em que sentimentos vão além da razão.


Nara Ferreira
13 de Junho de 2009

Minha Heroina


Curada de todas as feridas,
De um coração puro e machucado,
Ela então parte decidida,
Com forças pra continuar sua jornada.

Caminhando, parando ao anoitecer,
Pedindo abrigos em vários lugares,
Sem possuir riqueza para em troca oferecer,
Não teme nada, tem no coração a saudade de casa.

Não chora, não desiste,
Sempre enfrenta o perigo,
Como uma gata feroz e selvagem,
Sobrevivendo das riquezas da terra,
Tirando só o necessário.

Respeita tudo e a todos,
É corajosa, gentil e amigável,
Não tem tudo que deseja,
Mas o pouco que tem é grata,
Vive essa vida aventureira,
Pronta para mais uma viagem.

Nara Ferreira
13 de Junho de 2009

Não vejo, mas Sinto.


Tudo que não se vê, o coração sente,
Posso fechar os olhos e não ver a vida,
Mas sentirei seu amor eternamente.

Não posso ver aonde estás agora,
Mas a saudade que sinto da aurora,
Em que caminhavamos juntos lá fora,
Me faz te sentir presente.

Não vejo você quando chora,
Mas sinto a tristeza me invadir a alma,
Me cobre de fraqueza e instintos protetores,
Sinto-me perdida neste momento em que me ignora.

Não vejo que você está a me fitar,
Quando estou distraida escrevendo poemas e cartas,
Mas sinto sua presença, que me acalma,
Me inspira, me transborda felicidade.

Não vejo você ir embora,
Ao amanhecer em que estou adormecida,
Exausta de nossa noite mal dormida,
Mas sinto em minha pele,
A quentura do seu abraço,
Me enerva o sistema,
Sinto tremer os lábios excitada.

Não vejo quando se aborrece,
Com minhas atitudes infantis,
Meus sonhos de encantos e sentimentos errados,
Mas sinto-me distante e culpada,
Sem poder redimir os erros do passado.

Posso não ver você nunca mais,
Posso não ver as poesias e cartas, antigas lembranças guardadas,
Posso não ver os nosso amigos de quando namoravamos,
Posso não ver meu reflexo já desgastado,
Posso não ver meus erros que te machucaram,
Posso não ver nada...
Mas eu sinto..

Eu sinto muito!

Nara Ferreira
13 de Junho de 2009

Tudo pode em um poema!


Tudo pode em um poema,
Pode sonhar, escrever fantasias,
Viajar na estoria, versar em rimas.

Tudo pode em um poema,
Falar sobre encontros,
Conversas, risos, despedidas,
Amor, promessas e as vezes negações de vida.

Tudo pode em um poema,
Tudo pode ser escrito,
Desde que seja com a sinceridade,
De um poeta dedicado e amigo.

Nara Ferreira
13 de Junho de 2009

Vários corações


Coração pulsante,
Coração contente,
Coração que canta,
Coração não mais doente,

Coração cansado,
Coração machucado,
Coração apaixonado,
Coração nascente,

Coração calmo,
Coração vago,
Coração perdido,
Coração congelado,

Vários corações,
Em um só homem,
Será um mutante,
Ou um anjo perdido, um novo ser?

Nara Ferreira
13 de Junho de 2009

Barquinho


Barquinho no meio do mar,
Sem direção,
Sem pressa,
Á navegar.

Vai levando, vai zarpando,
Com passageiros, navegantes,
Encomendas importantes á entregar.

Suporta tempestades,
Enchentes de madrugada,
Noites sem luar.

E o barquinho continua seu caminho,
Continua sem desistir ou afundar,
O barquinho que sou eu, continua a viajar.

Nara Ferreira
Comecei em 09 de Junho de 2009
Terminei em 13 de Junho de 2009

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Leitura em sala


No silêncio da sala,
Lendo livros e cartas,
Cabeças baixas ,
Pensamentos exatos.

Podemos ser humanos,
E ao mesmo tempo marionetes,
Vivendo como num rebanho,
Sempre ouvindo o nosso mestre.

Se alguém tenta ser diferente,
É banido da sociedade,
Por que aqui ser igual é lei,
E não há alguém com personalidade.

Ficamos em silêncio como nos é mandado,
Vagamos nossas mentes, pegamos nosso espaço,
É assim nesta sala de leitura,
Em que escrevo meus poemas calado.

Nara Ferreira
09 de Junho de 2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

Me deixe só!


Respeite a solidão alheia,
Não ria de quem está só,
Nem tampouco tente puxar conversa,
Não atrapalhe, me deixe curtir esse momento de calmaria.

Respeite,
Quando eu estiver sozinha,
Fitando o mar,
Perdido em meu ninho,
Em noites de luar.

Respeite ,
Quando eu me isolar,
E se eu passar por você e não falar,
Respeite minhas mudez,
Ela faz parte da minha vida,
Assim como as caminhadas sozinhas,
Em que faço sempre ao amanhecer.

Respeite minha solidão,
Não venha querer roubar meu coração,
Nem com promessas de amor e paixão.

Respeite minha solidão,
Neste momento de oração em que medito,
Por favor respeite a minha solidão,
Calada e sempre Poetisa.


Nara Ferreira
09 de Junho de 2009

Dança da chuva


Chove!
Como é bom chover!
Gotas que molham meu rosto,,
E me fazem sorrir sem querer.

oH Deusa da chuva,
Que eleva minha alma,
Com seu parecer.

Se liberte nesse dia ensolarado,
E me faça feliz,
Lavando meu corpo inerte de prazer.

Jorra nas calçadas,
A sua pureza limpida,
E trema com seu esplendor de majestade.

Chega fazendo um estadalhaço,
Forte, onipotente, faz todo mundo correr,
Molhas as roupas secas na corda.
E meu coração chora,
Contente em poder te ver.


Nara Ferreira
09 de Junho de 2009

Silêncio!


Silêncio...!!!

Ele nasce em silêncio.
Ele grita em silêncio.
Ele implora em silêncio.
Ele manda em silêncio.

Ele fala em silêncio.
Ele assiste em silêncio.
Ele escuta em silêncio.
Ele ama em silêncio.
Ele sofre em silêncio.

Ele passeia em silêncio.
Ele chora em silêncio.
Ele comemora em silêncio.
Ele se alegra em silêncio.

Ele aceita tudo em silêncio.
Ele percorre a vida em silêncio.
Ele então morre em silêncio.
Ele é enterrado em silêncio.

E no velório...
Silêncio... Tenha respeito! obrigado!


Nara Ferreira
09 de Junho de 2009

Marionete


Meu mestre manda,
Eu faço.

Meu mestre canta,
Eu danço bem rápido.

Meu mestre cansa,
Eu permaneço em pé no palco.

Meu mestre não acorda,
Eu choro, sem vida, dentro do armário.

Meu mestre adoece,
Eu cuido da sua casa.

Meu mestre me esquece,
Eu fico abandonada na sala.

Meu mestre sai pra encontros,
Eu penso: Faço sempre as escolhas erradas.

Meu mestre me fere,
Eu abaixo a cabeça e me calo.

Meu mestre...
Há que saudades do mestre. [choro]

Meu mestre me joga no lixo,
E eu percebo que sou apenas uma marionete,
Sem importãncia e que me torno inutil ao mestre,
Por estar em várias partes quebrada...[coração partido em vários pedaços]


Nara Ferreira
09 de junho de 2009

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Ao Primeiro Olhar!


Tudo começa com um olhar,
Aquele timido, escondido,
E que deixa sempre a pessoa sem ar.

As vezes despercebido,
As vezes ignorado,
As vezes não querendo enxergar.

Aquele olhar ligeiro,
Coberto de risos e cheiro,
Demonstrando todo o apego,
Transpassando promessas de amar.

Depois vem aquele leve tocar de mãos,
Que faz balançar o coração,
Provoca calafrios e nos faz delirar.


Coração pulsando, respiração ofegante,
Sorriso timidos e galanteios poéticos pra encantar,
É assim que começa o jogo do amar,
É assim que se apaixona ao primeiro olhar.

Nara Ferreira
08 de Junho de 2009

Desconhecido


Não sei seu nome,
Não tenho seu telefone,
Não sei aonde te encontro,
Não sei como, mas eu te amo.

Não sei aonde mora,
Não sei se você chora,
Não sei se namora,
Não sei se quer estar do meu lado.

Não sei se está vivo,
Não sei o motivo,
Não sei se queres ficar comigo,
Não sei se virou um novo amigo.

Não sei por onde andas agora,
Não sei se está me esperando lá fora,
Não sei se está feliz,
Não sei se ainda lembra de mim.

Não sei de nada,
E também sei tudo,
Eu só posso te pedir um minuto,
E assim juntos descobriremos o mundo.

Nara Ferreira
08 de Junho de 2009

Encontros predestinados


Dois amantes solitários se encontram,
Em um dia de evento, ao acaso.
Ele, buscava uma amada,
Ela, um amor predestinado.

Conversavam, sorriam, se entreolharam.
Trocaram desabafos de amores passados, machucados.
E o sentimento entre os dois surgindo,
Como um casal de amantes enamorados.

Mãos entrelaçadas,
Cheiros no cangote,
Abraços apertados,
Elogios falados,
O Poeta e A poetisa apaixonados.


Como duas crianças descobrindo o amor,
Brincam, retornam a infãncia, sem vergonha e temor.
Sorrisos timidos, aprendizes desse novo sabor.
Ingènuos, inexperientes e eternos sofredores
Que enfim descubriram-se, em um mar de máscaras e rostos.


Nara Ferreira
08 de Junho de 2009

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Nara


Seus poemas
são caminhos
portos e estradas...

Seus poemas
são suas andanças
viagens...esconderijos.

Eu vejo seus passos
que procuram
sua própria presença.

Essa busca é constante
porque você se esconde
e pousa em estradas perdidas.

Em outros momentos
você está simples
numa conversa banal,

Mas de repente vem a poesia
e você se perde nas avenidas
no mundo sobrenatural e imprevisível.

Sua realidade é mistura
da vida verdadeira
com a vida inventada,

Confuso caminho a ser descoberto
pois não sabemos a quem consolar
se a poetisa ou essa menina
que se esquece de acordar da poesia.

Mas viajar é parte de tudo
as estrelas e a terra,
a imaginação construindo as estações.

Mas é isso que você é
uma menina assustada
com as visões da sua própria poesia,

E ao mesmo tempo confortada
por essa estranha vocação
que alimenta o sofrimento e a beleza.



DANNIEL VALENTE


P.S: meu amigo daniel poetinha fez pra mim..*.*

Linda Poetisa


Guerreira e batalhadora..
mulher de grande esperança..
rainha da felicidade..
garota de grande coração..
ela é a flor do único e lindo jardim..
ela é o brilho de todas as minhas estrelas..
razão da minha vida..

Linda poetisa..
Guarda em seu peito..
um imenso amor..
em sua cabeça uma grande sabedoria..
meiga e carinhosa..
poetisa uma grande rosa sem espinhos..
linda e de uma grande fragrancia seu corpo é tomado..
e de eterna beleza cada detalhe dela vai se tornando um tesouro sem explicação..

Linda poetisa..
Vale mais que cada grande fortuna..
dona do meu mundo..
dona de todo o mundo..
sofre por um amor...
mas ela é incapaz de cair...
ela é mais forte que tudo...
nem seu pior inimigo conseguiria derruba-lá...
pq ela é cheia de felicidade, Amor, Esperança e Beleza...
isso faz com que ela cresça mais...muito mais...

Linda Poetisa...
Sincera e Amiga...
mãe de todos...
principalmente minha...
É ela mesma.

Nara a Linda Poetisa...



P.S: Minha filha akane fez pra mim...nyaaa *.*

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Conversando com Yemanja



Manhã chuvosa
Lavada a alma
Andando na orla
Coração não chora


Sorrisos inertes
Pés leves e descalços
Sentada a beira da praia
Cabeça baixa, silencioso estado.


Petrificada diante de tal majestade
Os ruidos ao vento, vozes da mãe d'água
Sussuros da rainha, protetora das tempestades
Acalenta a alma de uma menina levada.

Conversas diversas, percorrendo o tempo
Aliviando a dor da necessitada
Enquanto as gotas de chuva encharcam
De amor e relento, a oradora já cansada.


Nara Ferreira
03 de Junho de 2009

segunda-feira, 1 de junho de 2009

"Por onde andam os olhos teus?"




"Por onde andam os olhos teus?"
Se meu corpo já não pode refletir
Minha mente vaga no amanhecer
Meu silêncio chia antes de te ver


"Por onde andam os olhos teus?"
Se teu bilho não me envade mais a alma
Meu orgulho já não tem mais descanso,não se acalma
Meu entardecer se torna escuro,
E eu permaneço em pé na calçada


"Por onde andam os olhos teus?"
Que já não me refletem
Que já não me vêem
Que já não me sentem


Que há muito me fizeram esquecer
Do calor das flores, do cair da noite
Da minha cama sedenta em prazer,
Dos nosso momentos,de beijos sedentos,
Os olhos carentes, Sem poder te ver.


Nara Ferreira
01 de Junho de 2009

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Falecido


Deitado em uma caixa preta, fechada.
Minha respiração não pode ser sentida,
Meu corpo esfria,
A mente vaga no esquecimento, cansada.

Já não existo, já não sinto.
Em baixo dessa terra,
No meu recinto.
Enterrado completamente,um morto vivo.

Lágrimas são derramadas,
Corpos são machucados,
Pessoas se sentem perdidas,
Canções,cafés servidos e homenagens erradas.

Enquanto eu já não posso enxergar nada,
Nem a brisa, nem a luz, nem o rosto da amada.
Até a eternidade.

Nara Ferreira
20/05/2009


*Luto por um colega de escola: Benedito Farias. *

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Mestre


É dificil começar essa rima
Não por falta de inspiração
Mas por amar ternamente
A pessoa citada, em meio a essa confusão

Vou tentando, rabiscando
Buscando uma letra, faltando afagos
Fujo dos pensamentos,me desconcerto toda
Sem saber como declarar algo.

Eis que penso no motivo
Quem me levou a tal declaração
Que por temer perder alguém amigo
Me enchi de temores e inspiração

É tão simples escrever o que sinto
E ao mesmo tempo tão complicado dizer a razão
Sei que hoje estou feliz e triste
E apenas uma palavra surge em meu coração

Gratidão

Gratidão por diversos motivos
Por ser meu mestre, meu motivo de adoração
Meu professor e amigo
Que me ensinou o que eu presciso
E me mostrou a minha verdadeira vocação

Me ensinou a apreciar a arte
A literatura
A poesia
Me ajudou a vencer os medos
Me fez amar a sabedoria

Gratidão por todos os dias de aula
Que me faz sonhar junto aos grandes escritores
E principalmente por me dar força de vontade
A persistir em um antigo sonho
E escrever sempre para os meus leitores.

Nara Ferreira
13 de maio de 2009

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Paixão Ilusória


Olho a imagem na tela
E sinto nascer em mim uma saudade
Não da pessoa querida
Mas daquela na foto tirada.

Sento em frente ao computador
Meu coração pulsando de prazer
O corpo inspirando amor
Em meus lábios um sorriso a nascer

Eu possuo minha mente com essa paixão ilusória
Me faço carente diante desse homem em foto
Uso meu corpo, eu me toco
Gozo de paixão, enquanto as horas se vão
Por entre a noite a fora.

Nara Ferreira
25 de Abril de 2009

Meu amante


Chega em casa
Duas da madrugada
Não faz barulho
Entra no meu quarto

Deita sorrateiramente
Me beija com carinho e sensualidade
Toca meu corpo suavemente
E desfaz de mim essa saudade

Nos deliciamos na sede do prazer
Eu me sinto extasiada
Ele se vai ao amanhecer
Eu acordo, permaneço na cama
Completamente excitada e desnorteada.

Nara Ferreira
25 de Abril de 2009

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Lembrar de nada...


Há muito tempo não te escrevo
já ficaram velhas as palavras
Empoeirado está meu caderno
E a caneta risca malmente, já falha.

Busco um papel, uma folha com pauta.
Para relembrar como começar as palavras.
Fito o nada, deixo vagar minha mente cansada
Não conseguindo mais lembrar, a memória fraca.

E permaneço sentado durante toda madrugada,
Lapiseira na mão, folhas jogadas pela casa,
Sem nem perceber o que se passa,
Meu cigarro acaba, queimando meus lábios.

Nara Ferreira
24 de Abril de 2009

Como escrever?


Como escrever amizade?
Como escrever liberdade?
Como escrever vida?
Como entender os insensiveis fatos?

Como deescrever entrelinhas
Uma história de amor
Cruel e imaginável?

Como transparecer em um papel
Aquilo que contém
Em uma mente dubitável?


Nara Ferreira
27 de Abril de 2009

Mulher em frente a fonte


Vi uma mulher
Andando na rua
Vestido vermelho
Pele meio desnuda

Caminhava em frente a ponte
O corpo doente
O tempo garoando
E a mulher se molhando na fonte

Fui até ela e lhe ofereci um casaco
Muito gentilmente rejeitou dizendo: muito obrigado!
Apesar de estar chovendo
Seu corpo estava quente
Pois sua alma vivia em um mundo inventado.

Nara Ferreira
27 de Abril de 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

Despertar dos sonhos que se vão..


De noite no meu quarto
Janela aberta
E eu te querendo
Enquanto você me fitava com esses olhos
Eu desse lado, me sinto envolvida por esse desejo

Vejo você em minha cama
Lendo minhas injúrias
Seu cheiro ao vento
Me pegando de jeito, me deixando sedenta

Não controlo o momento
Te envolvo em meus braços
Não largo, sugo teu veneno
Me inebrio com seu suspiro em meu peito

E chegado ao ponto
De realizar os meus contos
Meu despertador toca
Me despertando do sonho

Que decepção
Ao perceber que sem você ao meu lado
Meu coração ficou na mão

Nara Ferreira
21 de abril de 2009