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domingo, 14 de junho de 2009

História de uma canção


Entrei no bar,
Sentei em uma mesa nos fundos,
Chamei o barman,
Pedi uma bebida quente.

Ouvi uma música conhecida,
Olhei para o palco assustada,
Era você tocando em minhas feridas,
Com suas canções, minhas poesias roubadas.

Você me encarou,
Olhou dentro dos meus olhos,
Parou de tocar imediatamente,
Covarde e ainda se faz de inocente.

Fechou os olhos,
Abaixou a cabeça como se orasse,
Será que não lembra de mim,
ou talvez arrependimento guardado?

Então começa a dedilhar umas notas,
Uma melodia nova,
Eu me desfaço em lágrimas,
Quase prevendo algo.

Pega o microfone,
E com palavras vazias,
Oferece a um antigo tesouro,
Todos aplaudem,
Eu fito o nada, os olhos marejados.

A canção foi escrita por ele mesmo,
Pelo menos essa, eu acho,
E conta a história de um casal apaixonado,
Que se separaram, cada um com seu machucado,
Ela achando que havia sido enganada,
Ele, por ama-la profundamente, temia ser usado.

Dois corações perdidos,
Um desencontro predestinado,
O casal fadado ao fracasso,
Por temer a felicidade.

Já completamente derrotada,
Saio do bar, vou caminhando pra casa,
Ele pega em minhas mãos e me abraça,
Fala em meus ouvidos algo:
Você quer me ajudar a fazer uma canção,
Para unir o casal de apaixonados?

O quanto eu o amava,
E meu coração pulsando de paixão,
Sem temer o desconhecido,
Aceita participar desse "filme",
Em que sentimentos vão além da razão.


Nara Ferreira
13 de Junho de 2009

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