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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Ecos de Novembro

 


Parece que tenho ouvido um canto de despedida

Ecoando em meu coração e pensamentos

Sinto que minha voz calou em 5 de Novembro

É um querer falar e não conseguir me expressar com palavras

Acordar com a sensação de que ainda podemos fazer algo

 

Mas o tempo segue seu curso sem trégua,

e cada silêncio é um adeus disfarçado.

Vejo a vida escapar em finos fios de saudade,

como uma canção interrompida que só eu ouvi.

 

Ainda resta a esperança tênue e insistente,

que me faz crer que nada se perdeu,

que em algum lugar, entre as sombras e as luzes,

nossos ecos encontrarão abrigo, nossos cantos, alento.

 

Nara Ferreira

13 de Novembro de 2024


Brincadeiras do Destino


O destino é um brincalhão,

gosta de brincar com nossos reencontros.

Um dia me despedi em meio às lágrimas,

hoje te abraço com sorriso no rosto,

ainda com o coração brando.

 

Cada ida e vinda me ensinou paciência,

me fez entender que o tempo tem seu próprio compasso.

Entre o adeus e o reencontro, cresci,

e ao te encontrar de novo, já não sou mais o mesmo.

 

A vida nos molda com sutileza,

transformando-se em paz, espera em ruptura,

e agora, diante de você,

sinto que cada despedida valeu o reencontro.

 

Nara Ferreira

13 de Novembro de 2024

O Que Nunca Será


 

Há coisas que nunca vou ter

aquele leve sorriso bobo,

a sensação de flutuar nas nuvens,

brincadeiras de uma menina inocente,

Um breve olhar indecente


A malícia escondida nas palavras,

o doce sabor do desejo disfarçado de saudade,

as conversas carinhosas de madrugada,

o afago no cabelo após um dia cansativo,

a dança do desejo sendo recriada nos mais largos passos.

 

São sonhos guardados em silêncio,

momentos que se perdem em vão,

um universo só meu, inatingível,

feito de tudo que nunca será,

mas que insiste em viver enraizado no coração.

 

Nara Ferreira

13 de Novembro de 2024