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terça-feira, 24 de março de 2009

Ausente Amado



Espero despida na janela do quarto
Por aquele que outrora me fez sentir amada
E essa demora me aflige e me deixa cansada
Descanso sentada, enquanto a hora corre apressada.

Uma leve brisa invade o cômodo
E dela emana um ar gélido
Busco uma roupa ou um pedaço de pano
Cubro-me
Me esquento
Sossego

Começo a pensar em um sonho
Sonho recente que me perturbou a alma
Que me despertou ao raiar do dia
Sufocou-me e me fez desesperada

E agora aguardando esse ilustre senhor
Busco entender a razão deste devaneio
E percebo que assim como em sonho
O amor esperado não veio


Nara Ferreira
23 de Março de 2009

Poetisa de Espírito


Nessa folha vazia em que escrevo
Reflito minha alma, meus devaneios.
Que em meio a versos e trechos
Faz de uma poesia um mar de desespero

Não relato o que realmente quero
Relato aquilo que minha alma pede
Bela e graciosa com o seu manto
Me cobre de inspiro com seu encanto

Minha criação é o que nela passa
Meu soar de dor é o que ela sente
Minha angústia escrita é o que ela ouve
Meu coração partido é o que me faz poeta

Alguns chamam espírito de luz
Outros de luz da escuridão
Sou apenas uma poetisa que produz
Aquilo que manda o coração

Nara Ferreira
23 de Março de 2009