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segunda-feira, 29 de julho de 2019

Mundo Suicida




Suicidamo-nos todos os dias
Sempre que não praticamos a empatia
Quando deixamos de lado nossos valores
Para beneficiar o que não nos é necessário

Suicidamo-nos todos os dias
Quando deixamos de dar as mãos a um irmão
Quando julgamos sem razão
Quando levantamos as mãos a outro ser

Suicidamo-nos todos os dias
Quando impomos nossa religião
Nossos desejos, nossos costumes
Nossas escolhas e opções.

Suicidamo-nos todos os dias
Quando não agimos com educação
Quando deixamos nossas feridas
Tomarem conta de nossas ações
Quando tratamos de inferioridade
Aqueles a quem consideramos
Pessoas preciosas do coração.

Suicidamo-nos todos os dias
E julgamos todos aqueles
Que deram fim a sua dor imediatamente
Sem lembrar que somos mil vezes piores
Sobrevivendo como cascas vazias
Somos mentes doentes que precisam de terapia.

Nara Ferreira
29 de Julho de 2019

Última dança




Teu cheiro é um vício
Pior que cocaína
Causa-me diversos delírios
Me ludibria e fascina.
Estou afogando em meio a loucos sentimentos
Sentindo um tremor insistente na alma
É preciso me distrair da tua existência
Afastar-te de vez do meu pensamento
Esquecer por completo tua face
Porém por diversas tentativas
A lei da atração te torna mais presente
Falar com você é como jogar mertiolate na ferida
Dói muito, mas é estritamente necessário
Caso contrário minha alma estaria infeccionada
Sou grata a você por todos os machucados
Ou não seria possível reviver meu coração poeta
Como um último desejo a realizar
Convide-me para dançar essa noite
Peço paciência pelo meu jeito desengonçado
Talvez eu pise em seus pés em alguns momentos
Bailar com você é realizar um último sonho apaixonado
Brindaremos dessa forma o fim do nosso contrato.


Nara Ferreira
29 de Julho de 2019