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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Lembrar de nada...


Há muito tempo não te escrevo
já ficaram velhas as palavras
Empoeirado está meu caderno
E a caneta risca malmente, já falha.

Busco um papel, uma folha com pauta.
Para relembrar como começar as palavras.
Fito o nada, deixo vagar minha mente cansada
Não conseguindo mais lembrar, a memória fraca.

E permaneço sentado durante toda madrugada,
Lapiseira na mão, folhas jogadas pela casa,
Sem nem perceber o que se passa,
Meu cigarro acaba, queimando meus lábios.

Nara Ferreira
24 de Abril de 2009

Como escrever?


Como escrever amizade?
Como escrever liberdade?
Como escrever vida?
Como entender os insensiveis fatos?

Como deescrever entrelinhas
Uma história de amor
Cruel e imaginável?

Como transparecer em um papel
Aquilo que contém
Em uma mente dubitável?


Nara Ferreira
27 de Abril de 2009

Mulher em frente a fonte


Vi uma mulher
Andando na rua
Vestido vermelho
Pele meio desnuda

Caminhava em frente a ponte
O corpo doente
O tempo garoando
E a mulher se molhando na fonte

Fui até ela e lhe ofereci um casaco
Muito gentilmente rejeitou dizendo: muito obrigado!
Apesar de estar chovendo
Seu corpo estava quente
Pois sua alma vivia em um mundo inventado.

Nara Ferreira
27 de Abril de 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

Despertar dos sonhos que se vão..


De noite no meu quarto
Janela aberta
E eu te querendo
Enquanto você me fitava com esses olhos
Eu desse lado, me sinto envolvida por esse desejo

Vejo você em minha cama
Lendo minhas injúrias
Seu cheiro ao vento
Me pegando de jeito, me deixando sedenta

Não controlo o momento
Te envolvo em meus braços
Não largo, sugo teu veneno
Me inebrio com seu suspiro em meu peito

E chegado ao ponto
De realizar os meus contos
Meu despertador toca
Me despertando do sonho

Que decepção
Ao perceber que sem você ao meu lado
Meu coração ficou na mão

Nara Ferreira
21 de abril de 2009

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Suicidio


Ultimamente tenho pensando em suicidio
Nessa palavra, sem sentido
Em me jogar no precipicio
Sem me preucupar de escrever no livro

Não tenho parado pra pensar na consequência
Eu só estou pensando no alivio
Na dor, no meu pensamento livre
Sem ter que me preucupar com o "julgamento"

Penso, repenso, tento
Reflito, eu fito o lenço
Tentando decidir com revolver na mão
Meus dedos tremendo

Será certo o momento
Desse desalento
Em que me vejo morrendo?

Ou é apenas um erro
Em que me vejo fazendo
E depois me arrependo?


Nara Ferreira
20 de abril de 2009

domingo, 19 de abril de 2009

Meu valor


Eu valorizo o que as pessoas me dão
Pode ser o pôster de um ídolo
Ou um coração
Um leque quebrado
Um abraço ou um aperto de mão

Valorizo a amizade
E por me reconhecerem como mãe
Por me deixarem ficar ao lado
Por se importarem como irmão

Valorizo aqueles que me valorizam
Mesmo sem me conhecerem ou ouvirem
Valorizo as pessoas que lêem meus poemas
Que me confortam quando eu grito de dor

Valorizo os sorrisos que quando eu chego
Se postam em rostos sofridos
Valorizo quem tem sentimentos
E os que não tem eu evito.

Valorizo quem está sempre perto, comigo.
Valorizo até mesmo quem está longe
Mas que me ama como amigo.


Nara Ferreira
13 de Abril de 2009

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Palavras Mudas



Quero te falar
Mas não sei o que dizer
Busco um motivo
Mas não consigo entender esse silêncio
Que me machuca, me faz sofrer.
E essa amizade muda
Insiste em me dizer coisas que eu não quero compreender

Enquanto me fita com esse olhar tão vazio
Percebo o quanto é triste as noites de frios
Sentada, na sala.
Com medo de te falar
Segredos que a muito eu tentei guardar

Minhas lágrimas já secas
Me fazem sufocar
Pela tristeza e pesar
De não te ter ao meu lado pra conversar
Em noites de encontro
No meu quarto, meu lar.
Onde em uma noite de sono
Você me fez desejar
Aquilo que eu nunca imaginei
Que eu pudesse sonhar

Agora deitada na cama
Quase sem respirar
Só pelo perdão por sempre te amar
E não ter coragem de evitar
Aquilo que meu coração de menina me pede, sem cansar.

Nara Ferreira
13 de Abril de 2009

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Indagações


Por que será existem dores
Que não podem sarar?
Por que feridas insistem em reabrir
E nos fazer lembrar?

Por que não podemos consertar
Um coração ferido?
Por que não nos apaixonamos
Por quem nos é escolhido?

Por que não conseguimos esquecer
Uma paixão não correspondida?
Por que insistimos no erro
Mesmo sendo impossível?

Por que buscamos lembrar
Tudo aquilo que nós temos vivido?
Por que deixamos as pessoas
E o mundo de uma forma cruel?
Por que tudo aquilo que sonhamos,
Acaba virando pó, ao invés de ganharmos um troféu?

Por que deixamos o tempo passar
Ao invés de buscar se encontrar?
Por que vamos chorar de dor
Quando o mundo acabar?

Por que temos que ir embora
E deixar muitos para trás?
Por que temos que escolher
Entre o bem e o mal?


Por que sentimos um aperto no coração
Quando as pessoas nos deixam em completa solidão?
Por que escrevemos aquilo que não queremos,
Simplesmente pra que as pessoas fiquem com boa imprenssão?

Por que temos que deixar pessoas de lado
Se a vida é feita de erros, mesmo que seja imperdoável?
Por que continuo a escrever indagações
Se ninguém poderá responder as minhas suplicas e canções?
Por que não canso de visitar esse recanto
E vivo uma vida normal e humana?

Por que não esqueço seu beijo
Se ele me faz sofrer e me encanta?
Por que ainda lembro de você
Que já não se importa ou me encontra?
Por que ainda escrevo sobre isso
Que já cansou, furou o disco?

Por que eu não paro de escrever
Porquês e porquês?


Nara Ferreira
13 de Abril de 2009

Cê é minha paixão escondida...


Esse sorriso tão bonito
Esse jeito gentil e delicado
Essa sua forma de viver a vida
Esse seu lado meio revoltado

Essa sua idéia de viver ao meu lado
Mesmo sabendo que no fundo, sou um ser apaixonado.
Esse olhar tão meigo e precioso
Que você me dá sempre que está no meu quarto

Essa sua grande e intensa alegria
Seu amor, seu canto de harmonia
Sua musica, sua eterna magia.
Essa sua atração fatal e amiga.


Nara Ferreira
13 de Abril de 2009

domingo, 12 de abril de 2009

Mal-amado


Um alguém sentado no sofá de casa
Fitando o nada, respiração falha.
Enquanto inspira saudade
De um tempo do passado.

Deita, descansa, não tira os sapatos.
Se cobre, não sofre, mas busca um conforto.
Cansado do mundo e dos seus enganos.

Enquanto o tempo passa, os segundos.
Permanece deitado, quase moribundo.
Com lágrimas nos olhos
Escondidas por baixo dos óculos escuros.

Aliviando a dor, de um poeta sem cor.
Que escrevia sonho, ternura e amor.
E acabou se cansando, por não sentir o calor,
De um amigo, um amante, um companheiro.
Para esquentar o seu gelo nas noites frias.
E abraçar com carinho e ternura em dias felizes.
Sem esconder as marcas de desespero e de dor.
De um fracasso de poeta e ator.

Nara Ferreira
11 de Abril de 2009

sábado, 11 de abril de 2009

Bela Encantada


Uma bela menina em seu mundo de encanto
Sentada na grama, tão belo o seu canto.
Próxima a um poço, no seu recanto.
Observa, enquanto as águas claras e rasas.
Banham, de um brilho doce e cintilante.
Aquele fim de tarde, ao sol se pondo no infinito distante.

Busca nos bolsos uma moeda, ou um tesouro.
Faz um pedido, algo bem valioso.
Com uma mãozinha no rosto, joga o pedido no poço.
Enche-se de alegria, um belo sorriso com gosto.

Chegando a casa depois desse dia feliz
Percebe com um sorriso infeliz
Que tudo não passou de um sonho um tanto irreal
E se pega chorando, na vida real.

Percebe o quão grande foi seu engano
Seu pai lhe batendo, acusando de roubo.
Sua mãe em prantos, não agüentando o jogo.
Enquanto seu irmão de dois anos deitado,
Passou fome e já um tempo morto.

E no desespero em que se encontra
A menina não desiste, não se decepciona.
Sai correndo da casa, sem olhar por onde anda.
E se transforma em um anjo, realizando seu encanto.

Nara Ferreira
11 de Abril de 2009

Amyka que mora longe


Alguém que mora longe
Está a me fazer muito feliz
Encheu-me de sorrisos e cantos
Tem um cheiro doce de jasmim

È bela, amiga e tão jovem.
Escreve poesias mesmo enquanto chove
Lágrimas de alegria de um coração pulsante e amante
Esperando o amor predestinado, nesse sonho tão distante.

Ouve uma musica de saudade.
Relata um sonho sem saber minha idade.
Me aceita,
Não cria facetas,
Me enche de sonhos a cabeça.

E um elo de amizade surge,
Eterna, cheia de vida.
Coberta de cores, alegres e vivas.
De uma estória ainda não vivida.

E eu apenas faço um desejo
Prometa não quero segredos
Apenas me abrace nas horas de medo
Mesmo sendo impossível o encontro
Você é meu conforto, mesmo estando longe.

Em um conto de aventuras e recanto.
Através de belas poesias te sinto
Enquanto meu peito, explode feito bombas
Coberta de desejos, que acendem em chamas.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Poesia Conjunta Daniel e Nara


O POETA

O poeta chegou
E me disse: faça verso e rimas
Com mais alegria
Tenha mais vontade de viver

O poeta me falou
Que eu não precisava de regras na minha escrita
Que eu poderia escrever o que meu coração pedia
Que com o tempo, o contexto gramático ia aparecer.

O poeta me contou
Que eu tenho um dom espírito
E que eu estou apenas me iludindo
Achando que tudo isso é louco e impossível.

O poeta me ensinou
Que a beleza própria não prescisa ser vestida
Apenas sentida e lida
Em palavras e poesias de uma pessoa sofrida.

O poeta me enxergou
No meu mundo excluído de tudo
E me puxou pro submundo
Me fazendo mais livre e feliz

O poeta me ajudou
A esquecer as dores do presente
A aliviar meu espírito latente
A continuar sempre presente

O poeta faz muita coisa por mim
E a única coisa forma de retribuir
É tentar fazer tudo o que ele me disse até aqui
E mostrar nesse texto o quanto eu sou grata afim.

Nara Ferreira
25 de Março de 2009



NARINHA

Faça suas rimas
crie seus arrimos,
alegre-se com o por-do-sol.

Ponha um azul
na sua escrita,
seja livre...
como seus versos.

Ouça a voz da poesia,
é um espírito
maior que o mundo.

Vista seus poemas
com sua própria face
e reconhecerá sua beleza.

Venha do seu mundo,
de onde estiver...
recoloque sua inspiração
no caminho das estrelas.

Esqueça as dores vividas,
se preciso...
invente um amanhecer.

DANNIEL VALENTE

A primeira regra é: não existem regras!


Não existem regras para amar
Não existem regras pra sofrer
Não existem regras no luar
Não existem regras, não vou morrer.

Não existem regras para a vida
Não existem regras no meu quarto
Não existem regras atrás da cortina
Não existem regras escondidas no armário

Não existem regras no coração
Que tão empolgado explode de paixão
Não existem regras no submundo
Que continua desconhecido pelo mundo

Não existem regras, não existem leis.
O que existem na verdade
São apenas mentiras
Criadas pelos superiores
Que nos enganam sem remorso
Para sermos bonecos de seus desejos
E manipulados por toda vida.

Nara Ferreira
10 de Abril de 2009

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Amor eternizado


No coração daquela floresta
Existe uma lenda de uma velha
Que enfeitiça, destrói e escraviza
Todos aqueles que um dia amaram

E por ali perto
Nessa mesma floresta
Um casal de amantes passeava
Curtiam o momento
Os dois muito alegres
Caminhando sem rumo
Cegos apaixonados.

E de repente ao longe surge
Uma dama, vestido vermelho, maquiagem pesada
Muito sensual e indiscreta
E seduz o casal de namorados
Para um vale de tristeza e sofrimento.

E os pombinhos
Já enfeitiçados pelo encanto
Seguiam aquela bruxa que se disfarçava
Não percebendo nem um instante a emboscada
Daquela senhora mal-amada

E ao chegarem ao poço do abismo
De algum modo se libertaram do feitiço
E tomando conhecimento da situação que se encontravam
Se abraçaram forte e no abismo se jogaram

A bruxa coitada,
Perdeu a causa,
E não suportando esta cena
Se jogou no fogo em brasa
Por não sentir na pele
Aquele amor predestinado
Que mesmo em frente ao perigo
Não discutira
Não machucara
Permaneceram unidos no presente
E nem mesmo a morte os separará
Com esse amor eterno e unificado.

Nara Ferreira
9 de Abril de 2009

O mundo dá voltas



No meio do mundo chamado destino
Viviam duas pessoas distintas
Uma moça que amava muito
E um menino que renegava tudo

Ela, por ele, se apaixonou perdidamente
E ele, a ignorou completamente
Enquanto ela chorava com o coração doente
Ele ria, sarcástico e contente

Um certo dia em uma noite de luar
A garota se cansou de tanto pesar
Suas lágrimas começaram a secar
E seu pranto calou-se, sem nada a acalentar
Transformou seu coração em pedra
E fez de glória as suas cinzas
Tornou-se a mais bela da turma
Amarga, fria e realista

E o garoto já cansado da sua curtição
Arrependeu-se da situação
Voltou atrás, sem nem pensar
Se apaixonou em um piscar
E foi ignorado, pisado, enxotado
Por aquela que outrora fizera chorar

Eis que contradição
Não há como negar
O mundo dá muitas voltas
E ninguém pode evitar

Aquela que antes você machucava
Um dia volta erguida, mudada.
E devolve tudo aquilo que você
Tentava fugir e evitada.

Nara Ferreira
9 de Abril de 2009


P.S: a primeira prosa poética q eu fiz/o/ nyaaaa espero q gostem^^

domingo, 5 de abril de 2009

Velha infância


Encontro de amigas
Coberto de saudade
È tanta poesia
Meu quarto se enche
Embalado por essa energia

Conversamos
Passeamos
Nos amamos
Unidas pelo fio da vida
Celebrando os fatos
E temendo o tempo perdido

Corremos contra o tempo
Tentando não sufocar
Nessa nostalgia
Reflexos de uma vida unida
Desde a infância
Com vislumbres um tanto fracos
Daquela que outrora era criança.

Nara Ferreira
02 de abril de 2009

Ouvindo amiga Lorena


Te ouço
Cantando
Falando
Atuando

Te ouço
Sempre atenta
Engulo suas palavras

Não canço
Não me distraio
Não penso

Me silêncio
Te fito
Eu apenas te admiro

Na sala
Sentada
Me contando os fatos
Gesticulações fortes
Teu corpo acompanha
Tua fala constante me banha

Me embalo nesse som
Nesse jorro de palavras
Me enfeitiço
Me inebrio
Lagrimo de felicidade

Te ouço eternamente
Nessa cidade distante
Enquanto o dia não chega
Esperando o barco não vir
Pra te levar da minha vida
E aumentar essa saudade.

Nara Ferreira
02 de abril de 2009