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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Unificação das Almas


Eu, apenas Um,
Ele, um outro qualquer,
Sem nada em comum,
Mas unidos na mesma fé.

Dois individuos,
Distantes amigos,
Percorrendo o infinito unidos.

Almas se entrelaçam,
Unificando a carne,
Mente, coração repartido,
Provocando sentimentos inesquecíveis.

No fim se separam,
Sem despedida ou saudades,
Deixando um barco vazio,
Na beira do rio, ao amanhecer.


Nara Ferreira
24 de Junho de 2009

sábado, 20 de junho de 2009

Um pouco distante


Me sinto distante,
Meu corpo permanece intacto,
Mas minha mente vaga no espaço,
Minha respiração pulsa descontrolada.

Não me sinto viva, nem presente,
Enquanto a boca fala,
Os pés vagam sem destino,
O silêncio em minha mente insana permeia entre o desconhecido.

O que sou?
Um rosto bonito adorado?
Um menina vivendo um sonho dourado?
Sou eu e apenas isso,
Sem delongas ou aviso.
Sem sentimentos,
Coração mentindo,
Esse novo ser por trás de minha máscara surgindo.

E eu permaneço no vácuo,
Fitando o nada,
Falas constantes,
Coração frio e pulsante,
Um novo modo de viver a vida
Neste meu momento viajante.


Nara Ferreira
19 de Junho de 2009

domingo, 14 de junho de 2009

História de uma canção


Entrei no bar,
Sentei em uma mesa nos fundos,
Chamei o barman,
Pedi uma bebida quente.

Ouvi uma música conhecida,
Olhei para o palco assustada,
Era você tocando em minhas feridas,
Com suas canções, minhas poesias roubadas.

Você me encarou,
Olhou dentro dos meus olhos,
Parou de tocar imediatamente,
Covarde e ainda se faz de inocente.

Fechou os olhos,
Abaixou a cabeça como se orasse,
Será que não lembra de mim,
ou talvez arrependimento guardado?

Então começa a dedilhar umas notas,
Uma melodia nova,
Eu me desfaço em lágrimas,
Quase prevendo algo.

Pega o microfone,
E com palavras vazias,
Oferece a um antigo tesouro,
Todos aplaudem,
Eu fito o nada, os olhos marejados.

A canção foi escrita por ele mesmo,
Pelo menos essa, eu acho,
E conta a história de um casal apaixonado,
Que se separaram, cada um com seu machucado,
Ela achando que havia sido enganada,
Ele, por ama-la profundamente, temia ser usado.

Dois corações perdidos,
Um desencontro predestinado,
O casal fadado ao fracasso,
Por temer a felicidade.

Já completamente derrotada,
Saio do bar, vou caminhando pra casa,
Ele pega em minhas mãos e me abraça,
Fala em meus ouvidos algo:
Você quer me ajudar a fazer uma canção,
Para unir o casal de apaixonados?

O quanto eu o amava,
E meu coração pulsando de paixão,
Sem temer o desconhecido,
Aceita participar desse "filme",
Em que sentimentos vão além da razão.


Nara Ferreira
13 de Junho de 2009

Minha Heroina


Curada de todas as feridas,
De um coração puro e machucado,
Ela então parte decidida,
Com forças pra continuar sua jornada.

Caminhando, parando ao anoitecer,
Pedindo abrigos em vários lugares,
Sem possuir riqueza para em troca oferecer,
Não teme nada, tem no coração a saudade de casa.

Não chora, não desiste,
Sempre enfrenta o perigo,
Como uma gata feroz e selvagem,
Sobrevivendo das riquezas da terra,
Tirando só o necessário.

Respeita tudo e a todos,
É corajosa, gentil e amigável,
Não tem tudo que deseja,
Mas o pouco que tem é grata,
Vive essa vida aventureira,
Pronta para mais uma viagem.

Nara Ferreira
13 de Junho de 2009

Não vejo, mas Sinto.


Tudo que não se vê, o coração sente,
Posso fechar os olhos e não ver a vida,
Mas sentirei seu amor eternamente.

Não posso ver aonde estás agora,
Mas a saudade que sinto da aurora,
Em que caminhavamos juntos lá fora,
Me faz te sentir presente.

Não vejo você quando chora,
Mas sinto a tristeza me invadir a alma,
Me cobre de fraqueza e instintos protetores,
Sinto-me perdida neste momento em que me ignora.

Não vejo que você está a me fitar,
Quando estou distraida escrevendo poemas e cartas,
Mas sinto sua presença, que me acalma,
Me inspira, me transborda felicidade.

Não vejo você ir embora,
Ao amanhecer em que estou adormecida,
Exausta de nossa noite mal dormida,
Mas sinto em minha pele,
A quentura do seu abraço,
Me enerva o sistema,
Sinto tremer os lábios excitada.

Não vejo quando se aborrece,
Com minhas atitudes infantis,
Meus sonhos de encantos e sentimentos errados,
Mas sinto-me distante e culpada,
Sem poder redimir os erros do passado.

Posso não ver você nunca mais,
Posso não ver as poesias e cartas, antigas lembranças guardadas,
Posso não ver os nosso amigos de quando namoravamos,
Posso não ver meu reflexo já desgastado,
Posso não ver meus erros que te machucaram,
Posso não ver nada...
Mas eu sinto..

Eu sinto muito!

Nara Ferreira
13 de Junho de 2009

Tudo pode em um poema!


Tudo pode em um poema,
Pode sonhar, escrever fantasias,
Viajar na estoria, versar em rimas.

Tudo pode em um poema,
Falar sobre encontros,
Conversas, risos, despedidas,
Amor, promessas e as vezes negações de vida.

Tudo pode em um poema,
Tudo pode ser escrito,
Desde que seja com a sinceridade,
De um poeta dedicado e amigo.

Nara Ferreira
13 de Junho de 2009

Vários corações


Coração pulsante,
Coração contente,
Coração que canta,
Coração não mais doente,

Coração cansado,
Coração machucado,
Coração apaixonado,
Coração nascente,

Coração calmo,
Coração vago,
Coração perdido,
Coração congelado,

Vários corações,
Em um só homem,
Será um mutante,
Ou um anjo perdido, um novo ser?

Nara Ferreira
13 de Junho de 2009

Barquinho


Barquinho no meio do mar,
Sem direção,
Sem pressa,
Á navegar.

Vai levando, vai zarpando,
Com passageiros, navegantes,
Encomendas importantes á entregar.

Suporta tempestades,
Enchentes de madrugada,
Noites sem luar.

E o barquinho continua seu caminho,
Continua sem desistir ou afundar,
O barquinho que sou eu, continua a viajar.

Nara Ferreira
Comecei em 09 de Junho de 2009
Terminei em 13 de Junho de 2009

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Leitura em sala


No silêncio da sala,
Lendo livros e cartas,
Cabeças baixas ,
Pensamentos exatos.

Podemos ser humanos,
E ao mesmo tempo marionetes,
Vivendo como num rebanho,
Sempre ouvindo o nosso mestre.

Se alguém tenta ser diferente,
É banido da sociedade,
Por que aqui ser igual é lei,
E não há alguém com personalidade.

Ficamos em silêncio como nos é mandado,
Vagamos nossas mentes, pegamos nosso espaço,
É assim nesta sala de leitura,
Em que escrevo meus poemas calado.

Nara Ferreira
09 de Junho de 2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

Me deixe só!


Respeite a solidão alheia,
Não ria de quem está só,
Nem tampouco tente puxar conversa,
Não atrapalhe, me deixe curtir esse momento de calmaria.

Respeite,
Quando eu estiver sozinha,
Fitando o mar,
Perdido em meu ninho,
Em noites de luar.

Respeite ,
Quando eu me isolar,
E se eu passar por você e não falar,
Respeite minhas mudez,
Ela faz parte da minha vida,
Assim como as caminhadas sozinhas,
Em que faço sempre ao amanhecer.

Respeite minha solidão,
Não venha querer roubar meu coração,
Nem com promessas de amor e paixão.

Respeite minha solidão,
Neste momento de oração em que medito,
Por favor respeite a minha solidão,
Calada e sempre Poetisa.


Nara Ferreira
09 de Junho de 2009

Dança da chuva


Chove!
Como é bom chover!
Gotas que molham meu rosto,,
E me fazem sorrir sem querer.

oH Deusa da chuva,
Que eleva minha alma,
Com seu parecer.

Se liberte nesse dia ensolarado,
E me faça feliz,
Lavando meu corpo inerte de prazer.

Jorra nas calçadas,
A sua pureza limpida,
E trema com seu esplendor de majestade.

Chega fazendo um estadalhaço,
Forte, onipotente, faz todo mundo correr,
Molhas as roupas secas na corda.
E meu coração chora,
Contente em poder te ver.


Nara Ferreira
09 de Junho de 2009

Silêncio!


Silêncio...!!!

Ele nasce em silêncio.
Ele grita em silêncio.
Ele implora em silêncio.
Ele manda em silêncio.

Ele fala em silêncio.
Ele assiste em silêncio.
Ele escuta em silêncio.
Ele ama em silêncio.
Ele sofre em silêncio.

Ele passeia em silêncio.
Ele chora em silêncio.
Ele comemora em silêncio.
Ele se alegra em silêncio.

Ele aceita tudo em silêncio.
Ele percorre a vida em silêncio.
Ele então morre em silêncio.
Ele é enterrado em silêncio.

E no velório...
Silêncio... Tenha respeito! obrigado!


Nara Ferreira
09 de Junho de 2009

Marionete


Meu mestre manda,
Eu faço.

Meu mestre canta,
Eu danço bem rápido.

Meu mestre cansa,
Eu permaneço em pé no palco.

Meu mestre não acorda,
Eu choro, sem vida, dentro do armário.

Meu mestre adoece,
Eu cuido da sua casa.

Meu mestre me esquece,
Eu fico abandonada na sala.

Meu mestre sai pra encontros,
Eu penso: Faço sempre as escolhas erradas.

Meu mestre me fere,
Eu abaixo a cabeça e me calo.

Meu mestre...
Há que saudades do mestre. [choro]

Meu mestre me joga no lixo,
E eu percebo que sou apenas uma marionete,
Sem importãncia e que me torno inutil ao mestre,
Por estar em várias partes quebrada...[coração partido em vários pedaços]


Nara Ferreira
09 de junho de 2009

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Ao Primeiro Olhar!


Tudo começa com um olhar,
Aquele timido, escondido,
E que deixa sempre a pessoa sem ar.

As vezes despercebido,
As vezes ignorado,
As vezes não querendo enxergar.

Aquele olhar ligeiro,
Coberto de risos e cheiro,
Demonstrando todo o apego,
Transpassando promessas de amar.

Depois vem aquele leve tocar de mãos,
Que faz balançar o coração,
Provoca calafrios e nos faz delirar.


Coração pulsando, respiração ofegante,
Sorriso timidos e galanteios poéticos pra encantar,
É assim que começa o jogo do amar,
É assim que se apaixona ao primeiro olhar.

Nara Ferreira
08 de Junho de 2009

Desconhecido


Não sei seu nome,
Não tenho seu telefone,
Não sei aonde te encontro,
Não sei como, mas eu te amo.

Não sei aonde mora,
Não sei se você chora,
Não sei se namora,
Não sei se quer estar do meu lado.

Não sei se está vivo,
Não sei o motivo,
Não sei se queres ficar comigo,
Não sei se virou um novo amigo.

Não sei por onde andas agora,
Não sei se está me esperando lá fora,
Não sei se está feliz,
Não sei se ainda lembra de mim.

Não sei de nada,
E também sei tudo,
Eu só posso te pedir um minuto,
E assim juntos descobriremos o mundo.

Nara Ferreira
08 de Junho de 2009

Encontros predestinados


Dois amantes solitários se encontram,
Em um dia de evento, ao acaso.
Ele, buscava uma amada,
Ela, um amor predestinado.

Conversavam, sorriam, se entreolharam.
Trocaram desabafos de amores passados, machucados.
E o sentimento entre os dois surgindo,
Como um casal de amantes enamorados.

Mãos entrelaçadas,
Cheiros no cangote,
Abraços apertados,
Elogios falados,
O Poeta e A poetisa apaixonados.


Como duas crianças descobrindo o amor,
Brincam, retornam a infãncia, sem vergonha e temor.
Sorrisos timidos, aprendizes desse novo sabor.
Ingènuos, inexperientes e eternos sofredores
Que enfim descubriram-se, em um mar de máscaras e rostos.


Nara Ferreira
08 de Junho de 2009

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Nara


Seus poemas
são caminhos
portos e estradas...

Seus poemas
são suas andanças
viagens...esconderijos.

Eu vejo seus passos
que procuram
sua própria presença.

Essa busca é constante
porque você se esconde
e pousa em estradas perdidas.

Em outros momentos
você está simples
numa conversa banal,

Mas de repente vem a poesia
e você se perde nas avenidas
no mundo sobrenatural e imprevisível.

Sua realidade é mistura
da vida verdadeira
com a vida inventada,

Confuso caminho a ser descoberto
pois não sabemos a quem consolar
se a poetisa ou essa menina
que se esquece de acordar da poesia.

Mas viajar é parte de tudo
as estrelas e a terra,
a imaginação construindo as estações.

Mas é isso que você é
uma menina assustada
com as visões da sua própria poesia,

E ao mesmo tempo confortada
por essa estranha vocação
que alimenta o sofrimento e a beleza.



DANNIEL VALENTE


P.S: meu amigo daniel poetinha fez pra mim..*.*

Linda Poetisa


Guerreira e batalhadora..
mulher de grande esperança..
rainha da felicidade..
garota de grande coração..
ela é a flor do único e lindo jardim..
ela é o brilho de todas as minhas estrelas..
razão da minha vida..

Linda poetisa..
Guarda em seu peito..
um imenso amor..
em sua cabeça uma grande sabedoria..
meiga e carinhosa..
poetisa uma grande rosa sem espinhos..
linda e de uma grande fragrancia seu corpo é tomado..
e de eterna beleza cada detalhe dela vai se tornando um tesouro sem explicação..

Linda poetisa..
Vale mais que cada grande fortuna..
dona do meu mundo..
dona de todo o mundo..
sofre por um amor...
mas ela é incapaz de cair...
ela é mais forte que tudo...
nem seu pior inimigo conseguiria derruba-lá...
pq ela é cheia de felicidade, Amor, Esperança e Beleza...
isso faz com que ela cresça mais...muito mais...

Linda Poetisa...
Sincera e Amiga...
mãe de todos...
principalmente minha...
É ela mesma.

Nara a Linda Poetisa...



P.S: Minha filha akane fez pra mim...nyaaa *.*

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Conversando com Yemanja



Manhã chuvosa
Lavada a alma
Andando na orla
Coração não chora


Sorrisos inertes
Pés leves e descalços
Sentada a beira da praia
Cabeça baixa, silencioso estado.


Petrificada diante de tal majestade
Os ruidos ao vento, vozes da mãe d'água
Sussuros da rainha, protetora das tempestades
Acalenta a alma de uma menina levada.

Conversas diversas, percorrendo o tempo
Aliviando a dor da necessitada
Enquanto as gotas de chuva encharcam
De amor e relento, a oradora já cansada.


Nara Ferreira
03 de Junho de 2009

segunda-feira, 1 de junho de 2009

"Por onde andam os olhos teus?"




"Por onde andam os olhos teus?"
Se meu corpo já não pode refletir
Minha mente vaga no amanhecer
Meu silêncio chia antes de te ver


"Por onde andam os olhos teus?"
Se teu bilho não me envade mais a alma
Meu orgulho já não tem mais descanso,não se acalma
Meu entardecer se torna escuro,
E eu permaneço em pé na calçada


"Por onde andam os olhos teus?"
Que já não me refletem
Que já não me vêem
Que já não me sentem


Que há muito me fizeram esquecer
Do calor das flores, do cair da noite
Da minha cama sedenta em prazer,
Dos nosso momentos,de beijos sedentos,
Os olhos carentes, Sem poder te ver.


Nara Ferreira
01 de Junho de 2009