
Me sinto distante,
Meu corpo permanece intacto,
Mas minha mente vaga no espaço,
Minha respiração pulsa descontrolada.
Não me sinto viva, nem presente,
Enquanto a boca fala,
Os pés vagam sem destino,
O silêncio em minha mente insana permeia entre o desconhecido.
O que sou?
Um rosto bonito adorado?
Um menina vivendo um sonho dourado?
Sou eu e apenas isso,
Sem delongas ou aviso.
Sem sentimentos,
Coração mentindo,
Esse novo ser por trás de minha máscara surgindo.
E eu permaneço no vácuo,
Fitando o nada,
Falas constantes,
Coração frio e pulsante,
Um novo modo de viver a vida
Neste meu momento viajante.
Nara Ferreira
19 de Junho de 2009