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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Consumida pela tristeza


A tristeza me consome,
Como chamas salpicadas,
Se de longe descubro um sorriso,
Que me transforma a face molhada.

No anoitecer presa nessa jaula,
Tenho em mim um coração que dispara,
Treme meus sentidos,
Cobre de sangue a minha face pálida.

Nara Ferreira
18 de Setembro de 2008

Homem Mudo


Sou um homem taciturno,
Estou perdendo as palavras,
Sem conversas, sem risos, sem nada,
Pedidos mudos de uma alma calada.

No desvario profundo de meu ser,
Me perco no mundo, sem mais nascer,
Deixando cair as flores negras
Do frio e nebuloso anoitecer.

Nara Ferreira
18 de Setembro de 2009

Súplica de um ser apaixonado


Não sei mais o que fazer,
Pra você gostar de mim.
O que eu tenho que dizer,
Pra você ficar aqui?

Me deseje,
Não me deixe,
Eu só quero ter você.

Me namore,
Aproveite,
Enquanto ainda estou aqui.

Não me renegue,
Esse é meu desejo,
Pra que mantenha tudo em mim.

Um sorriso,
Nada mais que isso,
Eu te peço,
Pra sobreviver no inferno do meu fim.

Nara Ferreira
9 de Setembro de 2009

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Sufoco


Não querer é simples e direto,
Viajantes das nuvens do solo,
Não penumbra, no anoitecer na sala imunda,
Rostos inertes se desfazem sobre a pele confulsa.

Se no amanhecer não aparecer sol,
Desespero carrega os gritos de prazer,
Soprando um vislumbre do culpado lençol,
Que sufoca as dores do senhor amanhecer.

Saidos de bocas imundas,
Exalando excrementos por sobre as cobertas do ser.


Nara Ferreira
03 de Setembro de 2009

Cicatriz


Coberta pelo fino tecido da vida,
Não mais sangrando,
Um corte limpo,
Dores persistem,
Coração ainda doente.

Feridas limpas com toque de amor,
Cicatrizes que ficam,
Transformam a dor em sabor,
Restam apenas marcas na pele,
De um coração puro e sofredor.


Nara Ferreira
03 de Setembro de 2009