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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Tentativas.



Estender a mão ao vazio,
Reparar no envelhecimento precoce,
No parecer de sinais frágeis das linhas do tempo,
Devido a falta de escritos mágicos,
Que renovam a alma e seus escassos.

Buscar entre muros
e escuros buracos do corpo
a beleza escondida,
Que relembre dias de glória,
Paixões soberbas,
Amores sem história.

Refletir nas marcas
que agridem a integridade,
Surtando em devarios constantes
As mentes manipulas.

Crer em UM e perceber
a fragilidade da vida,.
O percorrer apressado,
de passos cansados,
a adormecer.
Nara Ferreira
16 de Fevereiro de 2010

Saudades do amanhã






E quando a manhã não vem
Resta o sofrer calado do anoitecer,
Que permanece em determinado estado de preguidão.

Escurecendo as idéias,
Os poemas,
A solidão,
Amendrontando quem vos chama
Rei da escuridão.

Então o dia amanhece,
Escorre por entre seus dedos
Toda a volúpia e felicidade.

Rejuvenesce três horas por dia,
Baila entre flores e galhos,
Sorrindo estrelas cadentes,
Sorvendo as lágrimas nas flores derramadas.

Nara Ferreira

16 de Fevereiro de 2010

Descanso



Casas brancas,
Lençois sujos,
Mobilia dançante,
No embalo da sonoridade
do eterno amanhecer.

Ritmo de decorações sortidas,
Festas contidas,
Guardadas em tábuas assoalhadas,
Que pela poeira encharcada,
Soberbas segredantes da realidade.

Se não o que há?
E o que vir?
Virá.
Através da janela exposta,
No mesmo quarto,
Que o ser humano repousa.

Nara Ferreira

16 de Fevereiro de 2010

Ovulado

 

O Cheiro de maternidade,
corroendo as entranhas
da minha sanidade.

Despertando o adormecido sonho,
de um sorriso de criança.
A necessidade de um outro ser,
frágil, em braços de uma mãe forte.

Completando os estimulos
da verdadeira identidade.
Que no intimo se acaba,
esquecida pelos restos sofridos da humanidade.

Nara Ferreira
16 de Fevereiro de 2010

O ser de mim


Compostos sem nexos,
Deslexos,
Assombros contentes,
Sorrisos ferventes,
Solidas maneiras de ser e pensar,

Sentimentos confusos,
Que no silencio profundo,
Tormentas em vales de pesar...

Nara Ferreira
30 de Janeiro de 2010

Vazio


Minha alma chora,
Pedindo um abraco,
E minha boca silencia,
O que meu corpo implora.

Seja pelo vazio da mente,
Ou por ter a saudade ausente,
Meu coracao sufoca.

O sorriso desaparece ao vento,
Cortando os insuportaveis pulsos dos dias,
Meus lábios secando sem desejos,
O veneno invadindo meus olhos,
Tornando cego meu desespero.

No entardecer sombrio do meu ser,
O corpo estendido no vazio do meu lar,
Implora por noites de prazer,
Mendigando amores no crepuscular.

Sem na verdade viver,
Apenas movendo-se,
Com quantidades exatas de ar,
O relógio da vida correndo,
E nada muda de lugar,
É o fim e assim será..


Nara Ferreira
11 de Janeiro de 2010