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quarta-feira, 18 de março de 2009

Lágrimas na janela


Sai de casa e deixei que os pés me levassem pra qualquer lugar
Sem prestar muita atenção por onde passava ou onde estava
Entrei naquela “máquina” que reduz o tempo
E me isolei no meu canto
Deixei tomar em mim aquela sensação de sempre
Como se estivesse em transe
Para os outros era tudo normal
Mas por ali estava passando uma vida

È a maquina do tempo, do pensamento.
Onde sou capaz de desenhar a vida.
Com pinceladas rudez e firmes

Olho o reflexo no vidro da janela
E vejo a imagem de alguém que não sou eu.
E como se fossem as lágrimas que eu não conseguia chorar,
Caem pequenas gotas de chuva
Uma garoa
Apesar do coração doente, eu estava sorrindo.
Eu estava fingindo por mim,
Aquilo que eu não desejava ver
Nem sentir
Refugio-me no meu sonho
No meu desejo

E aquele passeio infinito
Pra um lugar desconhecido, persiste.
Por tempo indeterminado
Por horas inacabadas,
Por segundos inexistentes


Nara Ferreira
14 de Julho de 2008

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