Por onde meus pés caminham,
Há somente trajetórias constantes,
Um tal de amigos e amantes,
Ou talvez, apenas passos errantes.
Donde a rotina aferiu meu corpo.
Não observo o caminho.
Pelos quais meus pés cansados.
Já se acostumaram, percorrem sem brilho.
Nesse retiro psicótico de aliviar a alma.
Descomplico resguardos profundos.
Amadureço entre passos descalços.
Chuva após chuva, entre alamedas escuras.
A demora, as longas horas percorridas.
Ruas sem volta, mais que calmaria!
Algemam-me com torturas requeridas,
Ferindo-me os ossos já fracos,
Cansados dessa caminhada: e aos pequenos passos, da vida.
Nara Ferreira
Cotijuba-Pa, 5 de Março de 2011
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