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sábado, 27 de novembro de 2010

Fantasias Ditadas



Deitada na cama.
Amante ao lado,
Após um momento de orgasmo e prazer.

Sorvendo um cigarro,
O corpo molhado,
Resquícios da noite espalhados pelo quarto.

O corpo dolorido,
Respirações difíceis,
Marcas de uma fantasia masoquista.

Os olhos fechados,
O prazer acumulado,
O reinicio das preliminares.

Um momento, uma pausa...
Entre beijos e amassos,
Esquecer a camisinha e indesculpavel.

Nara Ferreira
Cotijuba, 13 de Setembro de 2010

Ver


Abri os olhos,
E num primeiro momento,
Olhei pela janela do coração.

Sem vidraças empoeiradas,
Sem sujos no olhar cansado,
Sem reflexos errados da alma.

Enxerguei as cores do mundo,
O saguao repleto de sentidos,
Um novo parâmetro de se ver.

Observei o que não ouvia,
Refleti as imagens omitidas,
Abri os olhos para a vida,
Hoje eu comecei a viver.


Nara Ferreira
Cotijuba, 13 de Setembro de 2010

Re-volta na/da praia

                                                

Coração despedaçado,
Pedaços de carne crua,
Espalhados pela areia.
Respingos de tinta
No céu ensolarado
Atraindo distancialmente,
Por entre as águas do meu passado.

Sombras refletem no mar,
Cobrindo os espaços em brancos da alma,
Relembrando um velho nome,
Que há muito deveria estar enterrado.

Um chacoalhar constante,
De ondas revoltadas,
Confundem os sentidos, as sensações, os pés descalços,
Apegando-se arrogantemente
Ao antigo eu enamorado.

Nara ferreira
Cotijuba, 12 de Junho de 2010

Fogo no Gelo


O amor esta se esvaindo na areia do tempo,
Do sentimento intimo,
Fragmentos cobertos de gelo,
Esfriando os relacionamentos,
Causando a frigidez da carne.

Fagulhas do que antes era fogo em lenha,
Vem ao encontro dos fracos,
Mas o fogo não aguenta,
Se perde em meio ao congelado.

Noções do que e desejo,
Acabam transcritas em papel pardo,
Esquecido são os segredos,
De manter uma paixão eterna.

O que resta se não o vazio,
Correntezas que arrastam o fio,
Da exímia e plena confiança,
Que entre amores e amigos surgiu.

Apunhalando as lembranças,
De um caso perdido, sem sentido,
Enterrado no coração amigo.

Nara Ferreira
Cotijuba, 12 de Maio de 2010

Casos perdidos


Quero saber, te ter.
Quero abraçar, te amar.
Quero sorrir com você aqui.
Quero engravidar, casar, criar um lar.

Quero não ter que partir.
Quero sofrer sem sangrar.
Quero beijos para sonhar.
Quero estar acordada quando você chegar.

Quero cada instante aproveitar.
Quero cantar em cada caminhar.
Quero ser feliz, sem nada faltar.
Quero você aqui ou não vou suportar.

Tudo o que eu quero,
Eu só preciso sonhar,
Mas o que eu quero realmente,
Ninguém jamais poderá me dar.

Nara Ferreira
Cotijuba, 12 de Maio de 2010

Dias Doloridos


Só pode ser solidão,
Que assim me faz sangrar,
Grita meu coração,
Teu nome, não há como negar.

A cada dia torna-se difícil,
O apelo da minha voz,
Enchendo-me de desejos,
No meu intimo um pensamento corroí.

Será q o sofrimento acaba
Quando o som da voz desaparece?
E me afogo nas lembranças
De dias de beijos e alegres.

Nara Ferreira
Cotijuba, 12 de Maio de 2010

Confusão nos sentimentos


Vida solida e redundante,
Plantada na aurora da nostalgia,
Submete aos horários confusos,
As historias guardadas no tempo.

Sobre vem ao contentamento,
A milagrosa maneira de pensar,
A chama da discórdia acende,
O que os olhos não querem enxergar.

E se não houvessem planos mirabolantes,
Talvez não existissem vestígios
De sentimentos e sonhos contidos,
Nas entranhas do meu labirinto.

Nara Ferreira
Cotijuba, 12 de Maio de 2010

Visitante Fantasma


Apegada ao teu fantasma, enamorada.
Enlouqueço, perdidamente apaixonada,
Tornando-me mãe,
sem nem mesmo um tocar de lábios.

A saudade invadindo em sonhos,
Retirando do profundo o já empoeirado retrato,
Trazendo delírios covardes,
A exímia paixão queimando a carne.

Rasgam-se por dentro os sentimentos desalmados,
E a luxuria me agride,
Sangrando-me o coração despedaçado.

Do amor perdido, que através do perigo,
Teve os olhos enfeitiçados.
Por um ser malévolo,
Que não pode encontrar
Um amor verdadeiramente conquistado.

Nara Ferreira
Cotijuba, 06 de Maio de 2010

Parásianismo


Tentativas silenciosas de iniciar um dialogo,
Torno-me cada vez mais surda,
Suturando as feridas,
que em outro lugar foram causadas.

E na aurora de uma nova vida,
O lugar do meu futuro predestinado,
A calmaria me acolhe o peito,
Fluindo os aromas gentis por suaves ares.

Um paraíso, uma diversão, um presidio,
Onde se expõe saudosas palavras,
A humanidade acolhedora e passiva,
Que me vem aos abraços, beijos e afagos.

Permite sorrisos esquecidos,
Por amigos null.
Deixados na vazia estrada
da minha antiga casa.

Nara Ferreira
Cotijuba, 06 de Maio de 2010

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Divindade



Soberano profundo e absoluto,
Orador apaixonante e carismático.
O ser mais que humano de luz,
Coberto de abundante divindade.

Amigo eterno, pai, um rei espírito,
Arrancando da raiz profunda
O tormento em redor não permitido.

Curando os perdidos,
Multiplicando felicidades,
Dividindo sabedoria,
Milagriando o rebanho desordenado.
Suturando as feridas da humanidade.

Um mortal eterno, uma alma purificada,
Embalando os dizeres da palavra dada.
de tal sabiedade quão se pode imaginar
E para eternamente crer, ser, seguir e amar.

Nara Ferreira
Cotijuba, 05 de Maio de 2010

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Tentativas.



Estender a mão ao vazio,
Reparar no envelhecimento precoce,
No parecer de sinais frágeis das linhas do tempo,
Devido a falta de escritos mágicos,
Que renovam a alma e seus escassos.

Buscar entre muros
e escuros buracos do corpo
a beleza escondida,
Que relembre dias de glória,
Paixões soberbas,
Amores sem história.

Refletir nas marcas
que agridem a integridade,
Surtando em devarios constantes
As mentes manipulas.

Crer em UM e perceber
a fragilidade da vida,.
O percorrer apressado,
de passos cansados,
a adormecer.
Nara Ferreira
16 de Fevereiro de 2010

Saudades do amanhã






E quando a manhã não vem
Resta o sofrer calado do anoitecer,
Que permanece em determinado estado de preguidão.

Escurecendo as idéias,
Os poemas,
A solidão,
Amendrontando quem vos chama
Rei da escuridão.

Então o dia amanhece,
Escorre por entre seus dedos
Toda a volúpia e felicidade.

Rejuvenesce três horas por dia,
Baila entre flores e galhos,
Sorrindo estrelas cadentes,
Sorvendo as lágrimas nas flores derramadas.

Nara Ferreira

16 de Fevereiro de 2010

Descanso



Casas brancas,
Lençois sujos,
Mobilia dançante,
No embalo da sonoridade
do eterno amanhecer.

Ritmo de decorações sortidas,
Festas contidas,
Guardadas em tábuas assoalhadas,
Que pela poeira encharcada,
Soberbas segredantes da realidade.

Se não o que há?
E o que vir?
Virá.
Através da janela exposta,
No mesmo quarto,
Que o ser humano repousa.

Nara Ferreira

16 de Fevereiro de 2010

Ovulado

 

O Cheiro de maternidade,
corroendo as entranhas
da minha sanidade.

Despertando o adormecido sonho,
de um sorriso de criança.
A necessidade de um outro ser,
frágil, em braços de uma mãe forte.

Completando os estimulos
da verdadeira identidade.
Que no intimo se acaba,
esquecida pelos restos sofridos da humanidade.

Nara Ferreira
16 de Fevereiro de 2010

O ser de mim


Compostos sem nexos,
Deslexos,
Assombros contentes,
Sorrisos ferventes,
Solidas maneiras de ser e pensar,

Sentimentos confusos,
Que no silencio profundo,
Tormentas em vales de pesar...

Nara Ferreira
30 de Janeiro de 2010

Vazio


Minha alma chora,
Pedindo um abraco,
E minha boca silencia,
O que meu corpo implora.

Seja pelo vazio da mente,
Ou por ter a saudade ausente,
Meu coracao sufoca.

O sorriso desaparece ao vento,
Cortando os insuportaveis pulsos dos dias,
Meus lábios secando sem desejos,
O veneno invadindo meus olhos,
Tornando cego meu desespero.

No entardecer sombrio do meu ser,
O corpo estendido no vazio do meu lar,
Implora por noites de prazer,
Mendigando amores no crepuscular.

Sem na verdade viver,
Apenas movendo-se,
Com quantidades exatas de ar,
O relógio da vida correndo,
E nada muda de lugar,
É o fim e assim será..


Nara Ferreira
11 de Janeiro de 2010