
Sentada perto da minha cama
No meu quarto, de cabeça baixa.
Choro aquilo que não devia
Que escondia, pois me envergonhava.
E começo a sentir meu ar a faltar
E a minha agonia que insiste em me acompanhar
Começa a surgir, a me fazer piorar.
O que sinto e não agüento mais guardar
As vozes começam a me falar
Aquilo que não queria pensar
No melhor caminho a seguir
Sem pestanejar ou discutir
E sinto encher meu coração de coragem
Buscando nas gavetas um remédio ou uma faca
Tremendo, cansada, já desesperada.
Escrevo um bilhete a minha família prezada e amada
No fim me causando a dor que não desejava
E me tornando vitima do meu próprio erro
Me jogo no chão, me sinto desesperada
Enquanto o sangue jorra, e alaga toda a sala.
Já não agüentando mais essa cena
E buscando não pensar em coisas horrendas
Fito o escuro do quarto
E deixo a vida esvair como o vento.
Nara Ferreira
28 de Março de 2009
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